sábado, 5 de junho de 2010
RECURSOS DE ILUMINAÇÃO
Um bom projeto de iluminação pode resultar na adaptação da luz às necessidades específicas de cada ambiente, permitindo valorizar detalhes e mesmo esconder pequenas imperfeições. Apesar disso ser teoricamente possível a qualquer momento, o ideal é que seja feito na fase de projeto, evitando futuras limitações impostas pela construção acabada.
As melhores soluções são obtidas com o uso conjunto dos diferentes tipos de iluminação, classificados segundo a incidência luminosa no ambiente:
• direta - a luz incide diretamente, sem reflexão no forro ou nas paredes. O espaço é iluminado de forma geral, e, dependendo do posicionamento das luminárias, pode causar ofuscamento. É ideal para áreas de pouca permanência, e pouco indicado para ambientes de estar;
• indireta - o fluxo luminoso somente atinge uma determinada área depois de ser refletido em alguma superfície. Obtido com o uso de sancas, arandelas, luminárias de pé e abajures, é o mais apropriado para ambientes de longa permanência, e deve ser complementado por fluxos localizados ou concentrados, conforme as necessidades específicas;
• difusa - oferece uniformidade luminosa ao ambiente sem criar zonas de sombra, a partir do uso conjunto de luz direta e indireta;
• concentrada - é uma luz direta com o objetivo específico de dar destaque a elementos decorativos em geral ou permitir a leitura e atividades manuais;
• localizada - o fluxo luminoso atinge apenas determinado setor de um ambiente.
As características físicas dos ambientes também devem ser levadas em consideração na escolha da iluminação, conforme os exemplos abaixo:
• ambientes pequenos - usar iluminação indireta e abundante, tomando cuidado para não ofuscar a visão de quem estiver nesse espaço. Pode-se destacar objetos de arte, plantas e outros elementos, desde que estejam todos do mesmo lado do recinto, principalmente se ele for estreito. Recursos sobre o uso de clores claras e móveis pequenos de linhas suaves colaboram com o projeto de iluminação para aumentar ambientes. Deve-se evitar focalizar cantos ou extremidades, pois elas revelam as verdadeiras dimensões do espaço.
• ambientes amplos - para torná-los mais aconchegantes sem perder as boas qualidades da amplidão, pode-se instalar diversas luminárias de funcionamento independente, como abajures e modelos de pé. Para iluminação geral, a melhor opção é usar vários circuitos de spots, com acionamento individual, para fragmentar a área ou torná-la uniforme, conforme a necessidade. Mais uma vez as cores, aqui em tonalidades escuras, são aliadas da luz. Quanto aos móveis, deve-se preferir os maiores e mais pesados. O ambiente não deve ser tratado como se fosse único: pode-se dividi-lo em dois ou três espaços que possam interagir - do tipo estar, bar e lareira - para ocasiões como festas, quando toda luz geral deve ser aproveitada, integrando os ambientes. Quando se deseja mais intimidade, basta acionar apenas os abajures ou o circuito de spots que serve ao setor escolhido.
• forro baixo - a luz deve ser projetada de baixo para cima, fazendo-a iluminar o teto uniformemente. Para isso, lança-se mão de abajures de hastes longas. O ideal, entretanto, é que os pontos de luz partam do piso, atingindo também as paredes. Outra boa alternativa é a instalação de arandelas. Deve-se evitar direcionar a luz para o piso e criar planos intermediários de iluminação, que podem quebrar o efeito de alongar as paredes e subir o teto. A iluminação de destaque, portanto, não é indicada neste caso. Para leitura e outras atividades, podem ser empregadas luminárias de facho concentrado, mantendo-as desligadas quando não estiverem em uso.
• pé-direito muito alto - para valorizá-lo, vale o mesmo recurso usado para alongar o forro baixo, fazendo o facho de luz incindir em todo o teto e nas paredes. Como há espaço, um recurso interessante é a instalação de luminárias em vigas ou a utilização de sancas. Mais tradicionais, spots e arandelas também são uma ótima solução. Num ambiente pequeno, o pé-direito alto pode ser desagradável. Nesse caso, a luz não deve "crescer", devendo ser direcionada para baixo, escurecendo o forro e disfarçando sua altura. Os abajures são eficientes para isso, assim como as luminárias pendentes por fios ou hastes longas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário